quarta-feira, 14 de maio de 2008

Esbat de Maio - Tributo a Lakshmi



Na celebração do Esbat do mês de Maio, estaremos fazendo um tributo a Deusa Lakshmi, a Deusa da Fortuna, fonte de fartura, beleza e saúde no universo.

Muitas vezes fatores estranhos a nossa vontade (feitiços, energias negativas, desânimo, inveja, entre tantos), impedem que nossa vida flua normalmente, afastando assim a prosperidade e a felicidade. Tendo ciência desse fato, estaremos banindo energias negativas que possam estar impedindo a prosperidade de atuar em nossas vidas.

Junte-se a nós nesta celebração e traga a prosperidade a sua vida!

DATA: 19 de Maio

Horário – 20h

Local: Praia do Francês – Itaipuaçú – RJ

Entrada: 1k de alimento não perecível

(pedimos que cada participante traga também algo para acrescentar a nossa ceia – pães, doces, bolos, refrigerantes, frutas e sucos serão bem vindos)



LAKSHMI

A deusa da fortuna, fonte de toda a fartura, beleza e saúde neste universo

Lakshmi (ou Lakshimi) é a deusa da riqueza e prosperidade, consorte de Vishnu (o Preservador). Lakshmi é o principal símbolo da potência feminina, e pode ser reconhecida por sua eterna juventude e formosura.


Sempre vista tanto em pé como sentada sobre uma flor de lótus ou portando em mãos flores de lótus, e um cântaro que jorra moedas de ouro. É geralmente acompanhada por dois (às vezes quatro) elefantes, que aparecem entregando-lhe adornos ou borrifando água sobre a deusa. Possui quatro braços e, com os dois superiores, carrega flores de lótus. Nos outros dois braços (em algumas representações) leva o amirtha kalasam (pote com ambrosia) e um jarro que transborda com ouro e outras preciosidades.

As lendas dizem que ela surgiu de uma colossal tarefa cósmica entre os principais líderes do bem e do mal, e quando ela apareceu, todas as grandes personalidades presentes perderam a compostura, devido a sua enorme refulgência atrativa e ofereceram tudo que tinham de melhor para tentar conquista-la. No entanto, Lakshmi examinou minuciosamente cada um deles e não pode encontrar nenhum naturalmente dotado com todas as boas qualidades.
Assim, como ninguém era internamente desprovido de imperfeições, ela preferiu Vishnu como seu esposo, que está além da matéria, e portanto livre de defeitos.

Ashta Lakshims são as oito diferentes representações em que a deusa é comumente adorada. Em cada representação, ela dá uma forma de riqueza diferente a seus devotos.

Ashta Lakshms:


São chamadas Aadi Lakshmi, Santhana Lakshmi, Gaja Lakshmi, Dhana Lakshmi, Dhaanya Lakshmi, Vijaya Lakshmi, Veera Lakshmi e Aiswarya Lakshmi.


Templos exclusivos para Lakshmi não são muito comuns. Porém, em todos os templos Vaishnavite (dedicados a Vishnu), há um santuário separado para a deusa.


São inúmeros os rituais e festivais realizados para invocar as bênçãos de Lakshmi. Em alguns deles, durante Navarathiri (nove noites), são oferecidas orações especiais a Sakthi, Lakshmi e Sarasvati – três noites para cada deusa.


Simbolismo


* Quatro braços: Os quatro braços de Lakshmi representam as quatro direções e a sua disponibilidade em guiar e ajudar em todos os lugares. Eles também representam os benefícios que ela dá – as quatro nobres metas de uma vida humana:

Dharma - cumprir com as obrigações

Artha - ganhar riqueza

Kama - realizar os desejos materiais

Moksha - e alcançar a salvação do espírito.


* Lótus: O lótus tem uma qualidade especial. Embora planta e flor vivam na água, o líquido não se aproxima delas.

Krishna, no Bhagavad Gita, diz: "viva a vida como o lótus que não é tocado pela água mesmo nela vivendo".

Lakshmi é a deusa mais associada com o lótus no sentido de que, enquanto aproveitamos a riqueza e a prosperidade que ela nos dá, devemos também evitar o apego aos bens materiais.


Amirta kalasam: representa o poder da deusa Lakshmi em conceder a imortalidade.

Outros nomes da deusa:


Haripriya
Padma – que vive sobre o lótus
Lokamata – mãe de todos no mundo
Padmasini, Kamalakshi, Ambujam

Por que Celebrar?



Muitos podem perguntar, porque comemorar esses festivais?

Será simplesmente reviver costumes que pertencem a uma era diferente e que estão esquecidos?

Não, o reconhecimento e a celebração dos oito festivais permitem harmonizar nosso ritmo pessoal ao ritmo pessoal do cosmo, da natureza.

Assim, descobrimos que estamos desenvolvendo uma sensação de paz cada vez maior e um espaço em nosso mundo e em nossas vidas.

Quando celebramos os Sabás, estamos reverenciando épocas que foram consideradas sagradas por mais de quatro mil anos.

Existem oito datas principais na Wicca, conhecidas como Festivais ou Sabás.

Nestas datas, os bruxos/as fazem rituais de adoração e agradecimento aos Deuses.

Uma vez por mês, durante a Lua Cheia, os bruxos/as reunem-se para celebrar os Esbats.

Anualmente, ocorrem 12 a 13 luas cheias, ou uma a cada 28 1/4 dias.

Os bruxos/as seguem o calendário lunar (calendário de 13 luas) que é de 13 meses de 28 dias cada, num total de 365 dias, daí vem a expressão "um ano e um dia".

A Roda do Ano, representada pelos oito Sabás, deve sincronizar a nossa energia com as Estações do Ano, ou seja, com os ciclos do Planeta Terra e do Universo.

Ela descreve o caminho do Sol durante o ano, representando as várias fases do Deus: seu nascimento, crescimento, união com a Deusa, e, finalmente, seu declínio e morte.

Da mesma forma que o Sol nasce e se põe todos os dias e da mesma forma que a Primavera faz a Terra renascer após o Inverno, o Deus nos ensina que a Morte é apenas um ponto no ciclo infinito de nossa evolução para podermos renascer do Útero da Mãe.

Roda Anual - Sabats







SAMHAIN - HALLOWEEN
01 de maio (hemisfério Sul)
31 de outubro (hemisfério Norte)

YULE (Solstício de Inverno)
Entre 20/23 de Junho (hemisfério Sul)
Entre 20/23 de dezembro (hemisfério Norte)

IMBOLC - BRÍGIDA - CANDLEMAS
01 de agosto (hemisfério Sul)
02 de fevereiro (hemisfério Norte)

OSTARA - EOSTAR
Entre 20/23 de setembro (hemisfério Sul)
Entre 20/23 de março (hemisfério Norte)

BELTANE
31 de outubro (hemisfério Sul)
01 de maio (hemisfério Norte)

LITHA (Solstício de verão)
Entre 20/23 de dezembro (hemisfério Sul)
Entre 20/23 de junho (hemisfério Norte)

LAMMAS - LUGHNASAD
02 de fevereiro (hemisfério Sul)
01 de agosto (hemisfério Norte)

MABON (equinócio de Outono)
Entre 20/23 de março (hemisfério Sul)
Entre 20/23 de setembro (hemisfério Norte)

Wicca – A Religião da Deusa e do Deus



A wicca é uma religião que cultua a natureza e seus ciclos, possibilitando a seu praticante uma interação profunda com as transformações vividas pela Terra, ocasionadas pelo Sol e pela Lua. A bruxaria veio do culto à natureza e é tão natural e instintiva quanto o ato de andar e falar, porém quando o homem começou a habitar a Terra ele ainda não sabia caminhar ereto e sequer sabia se comunicar através de palavra, os fenômenos naturais chamavam a atenção do homem e maravilhado ele compreendeu a sua importância e acreditou que esses fenômenos possuíam uma força sobrenatural.

Com o passar do tempo o homem observou que as mulheres sangravam e não morriam e que através delas outra pessoa era gerada, então a mulher também entrou na lista do que deveria ser cultuado e divinizado, desta forma surgia o Culto a Deusa.

As fases da Lua e os fluxos das marés foram associados à imagem feminina, e as mulheres mais velhas eram consideradas as sábias, aquelas que detinham todo o conhecimento.

Mas na Antiga Religião não havia somente espaço para a mulher. Em determinado momento visualizou-se a figura masculina também como Divina.

Para nossos antepassados a caça era de suma importância, pois dela dependia a sobrevivência da tribo na época do ano onde o alimento era escasso e somente através da caça podia-se sobreviver. Quando o homem saía em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a comunidade que ele vencera os obstáculos e que graças a ele todo clã seria nutrido, então, ele era considerado o mais forte, o provedor e nutridor, o grande guerreiro. Logo, o Deus assimilou esse papel e com este simbolismo era cultuado. Rituais eram feitos em seu nome antes das caçadas para que esta fosse bem sucedida. Com o passar dos tempos, o homem percebeu que os ciclos da natureza (as estações do ano) estavam diretamente relacionados à proximidade do Sol, estrela que torna possível a vida sobre a Terra.

Na wicca, o Deus é a energia Solar. É o guardião das entradas e do circulo mágico, é o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas.

Podemos então perceber a importância que o Deus tem na prática dos Rituais Sazonais e no nosso posicionamento diante destas energias transmutadoras. Ele nos ensina que a renovação e o renascimento diário é uma prática possível, da mesma forma em que o Sol nasce e morre todos os dias, para brilhar novamente no céu.

Longe de ser um Deus punitivo ou castrador, Ele é a própria personificação da alegria e da liberdade, fazendo reacender na memória dos homens o reconhecimento de sua essência Divina. Desempenha um papel preponderante na psique do sexo masculino, pois rompe com o estereótipo do macho violento, dominador, opressivo, raivoso e estéril de sentimentos. O Deus ensina ao homem a necessidade do feminino, libertando-o das correntes do patriarcado, mostrando ao homem, que se a mulher tem intuição, ele deve recuperar seus instintos.

A idéia de criar de criar esse blog é de alguma forma auxiliar aqueles que me procuram em busca de respostas para suas dúvidas quanto ao Caminho da Deusa.

Sejam bem vindos ao meu Caldeirão!

Que meus conhecimentos possam ser passados sem mistério, de forma clara e funcional!

Então nada melhor do que iniciar essas postagens com um texto que escrevi há algum tempo atrás contando como a Deusa me chamou para trilhar o Caminho Dela, assim poderão conhecer um pouco de mim.



O CHAMADO DA DEUSA

Acreditamos, que em algum momento de nossas vidas, a Deusa nos chama para o seu caminho, nos chama de volta para Ela.
Já ouvi, de várias pessoas, maneiras diferentes, formas distintas do tão falado “O Chamado da Deusa”.
Já ouvi relatos de pessoas que andando por entre as árvores de um bosque inglês, coberto de neve, ouviu o seu chamado. Ouvi outras pessoas falando que desde crianças se sentem bruxas, outras, em sonho, tiveram o contato com Ela, alguns a conheceram através de seus antepassados.
E eu, um dia ouvi esse chamado, sem o glamour de um bosque inglês, sem antepassadas bruxas, e sem sequer um dia Ter lido um livro sobre o assunto... nunca havia sonhado com a Deusa, ou se havia sonhado, não A tinha reconhecido.
Vou contar a vocês, como foi, o “meu chamado”, como Ela entrou em minha vida, para isso, vou Ter compartilhar com vocês a minha vida.

Meu filho caçula, tinha um ano, era apenas um bebê, e eu era uma jovem mãe, com 21 anos. Meu filho adquiriu uma tuberculose no gânglio do pescoço, eu nem sequer sabia que existia esse tipo de doença... para mim, tuberculose era doença pulmonar, mas meu filho teve essa doença, com apenas um ano de idade. Procurei todos os recursos que podia, eu era muito pobre naquela época, mas minha família, amigos, todos se comoviam com a situação, pois o pescoço dele já se confundia com o ombro... era horrível!
Não havia recurso médico que pudesse salvar o meu filho, a medicação não funcionava, eu era messiânica, assim como meu marido, dentro da nossa crença orávamos pela cura dele. Meu irmão, espírita, conseguiu uma consulta com uma entidade, e nesta altura do campeonato, eu faria qualquer coisa para salvar a vida do meu bebê. Nada dava resultado, até que o médico o internou.

Ver meu filho, de apenas um ano, cheio de fios e tubos, era muito para mim... Dois dias após a internação, o médico me chamou e falou que meu filho não teria mais 24 horas de vida, pois o tumor (da tuberculose) estava pressionando a carótida e a jugular dele, o que acarretaria uma parada cardíaca ou um derrame cerebral a qualquer momento, não pensei duas vezes, já que não tinha mais jeito, eu queria que meu filho morresse em meus braços. Assinei um termo de responsabilidade e tirei meu filho do hospital.

Quando cheguei em casa, com o meu filho moribundo, fraquinho, resolvi dar um banho nele, e o arrumar para a morte. Meu banheiro era tão pequeno, que a banheira que eu havia ganho, não cabia nele, então eu colocava a banheira, próximo a janela da sala.

Enquanto eu banhava meu filho, minhas lágrimas se misturavam com a água do banho, aquele poderia ser o último banho que eu daria em meu bebê. De repente, uma luz iluminou a água, e eu falei em voz alta: “Como eu queria que a vida do meu filho se iluminasse como essa luz ilumina esta água!”
Olhei pela janela, e vi, uma Lua Cheia, que se refletia na água. Instintivamente eu tirei meu filho d’água, o enrolei numa fralda e subi uma escada que dava para meu terraço.

Num impulso incontrolável, eu tirei todas as minhas roupas, como quem se despe de todos os conceitos e pré-conceitos, levantei meu filho pro céu e disse:

“Lua, você que iluminou aquela água, ilumina a vida de meu filho! Sei que tu és Mãe, e sei que sabes sobre minhas aflições. Ouve o apelo de uma mãe, toma a vida do meu filho, e traga a cura para ele!”

Eu chorava, e sequer sabia o que estava falando. Sei que falei repetidas vezes, e que me sentei nua no chão do terraço e passei a noite com meu filho nos braços, orando para “Aquela Mãe”. Jamais conseguirei reproduzir o que falei naquele dia, jamais conseguirei repetir aquelas frases. Naquele momento a Lua também era a “minha mãe”, eu me sentia acolhida, aconchegada, meu filho dormia, como não fazia a tempos. Eu só sai dali quando o primeiro raio de Sol iluminou o céu.

Desci, coloquei meu filho no sofá velho que tinha na minha sala, e fui preparar uma mamadeira para ele. De repente, ouvi um estrondo, e um suspiro.... pensei: “Meu filho morreu!”. Corri para a sala e me surpreendi com o que vi, a sala estava coberta de pus, as paredes lavadas de pus, e meu filho ainda vivo no sofá. No local do tumor, um grande buraco, de onde jorrava pus. Enrolei meu filho num pano, e corri para a casa do meu pai pedindo socorro.
Entramos no consultório médico correndo, e a Drª olhou para mim e falou: “Mãe, eu não sei o que aconteceu, mas sei que foi um milagre!” Ela colheu material (pus) para biópsia, e colheu o sangue dele para exame. Quando peguei o resultado da biópsia, constatava a tuberculose, mas o exame de sangue mostrava que não havia traços da doença.

Quis saber o que tinha acontecido, quem era Aquela Lua, quem era Aquela Mãe que havia ouvido os meus apelos. Mas eu era muito pobre na época, e não tinha condições de comprar livros, telefone era um luxo que eu jamais pensei em Ter um, computador então... ah, era sonho....

Então, durante quatro anos, isso mesmo, quatro anos, toda primeiro dia da Lua Cheia, eu subia no meu terraço, e agradecia profundamente à Lua pela vida do meu filho. Nunca deixei de fazer isso sequer uma vez.

Com o tempo, eu fui sentindo a presença do vento, da terra, da chuva, do calor, e sentindo que aquilo tudo deveria fazer parte do meu rito pessoal, e fui incorporando um cristal, uma vela, um copo d’água, um incenso ao meu rito, aos poucos, como eu ia percebendo.

Já não ia a Igreja, não tinha porque... meu marido achava que eu estava louca, e se irritava toda vez que eu praticava a “minha religião pessoal”, como eu chamava.
Porém eu sabia que essa religião existia, pois eu tinha ganho um livro de Paulo Coelho, e lá estava a Brida, trilhando o caminho Lunar. Então eu não podia estar louca.

Com o tempo, minha vida foi mudando, e minha condição financeira também. Consegui um emprego, me separei. Mas ainda não tinha condições de comprar livros, sequer sabia que existiam livros sobre o assunto.

Então eu ia para uma grande livraria, e em pé, folheava os livros, procurando achar as respostas para as minhas perguntas, foi quando vi um livro que falava da Wicca, que era o nome da Sacerdotisa da Brida, então eu liguei o nome ao assunto, e li.
Ali, naquele momento, eu compreendi, que o meu caminho já tinha nome, minha religião se chamava Wicca, eu era uma bruxa, e tinha ouvido o chamado Dela.