quinta-feira, 25 de março de 2010

CONVITE para INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE





Visando o bem estar de todos, no dia 18 de Abril de 2010,as 18 horas, estaremos inaugurando a nova Sede do Templo de Adoração a Grande Mãe - Núcleo PRÓ-CURA ESPIRITUAL -Portal de Restauração e Orientação para Cura Espiritual.

Apesar de ser uma casa simples, o novo Templo está repleto da Energia Divina.

Agora todos aqueles que vem de ônibus do Rio de Janeiro ou de Niterói não precisam mais fazer baldeação, o ônibus saído do Terminal Menezes Cortez ou do Terminal de Niterói pára na porta do Novo Templo, que fica situado na Rodovia Amaral Peixoto km 24, em São José do Imbassaí - Em frente ao Condomínio Elisa.

Vamos inaugurar a nova Sede com um belíssimo e poderoso Ritual do Fogo Sagrado, trazendo para cada participante a Consagração e Purificação através da Sagrada Chama do Fogo Sagrado.

Traga o nome e data de nascimento das pessoas que você acredita precisarem de cura, não importa que tipo de cura seja. Muitas pessoas acham que somente se cura doenças físicas, porém existe muita doença espiritual e entre elas estão os conflitos, a tristeza, o desespero, a depressão, a síndrome do pânico, entre tantas outras.

Traga o nome daqueles que precisam também de cura em sua vida material, seja por falta de emprego, por dívidas adquiridas ou por falta de prosperidade.

Vamos nos unir em prol da nossa cura pessoal e da cura daqueles que amamos e desejamos o bem.

Peça ao Universo que ele lhe dará!

Venha e receba você também a sua bênção, a sua cura e a sua graça!

Abençoado seja o Casal Sagrado, Mãe/Pai do Universo!

Espero você e sua família no dia 18 de Abril as 18 horas!

Maiores informações: (21) 9229-7319

segunda-feira, 15 de março de 2010

CAMINHANTES DO UNIVERSO

Sempre fui arredia quanto à idéia de incorporação. Minha mente estava ligada na idéia da incorporação da umbanda, onde espíritos tomam a consciência do médium e através deles se alimentam de álcool, fumo e sangue. Não conseguia aceitar que um espírito de luz pudesse pedir isso, e sempre associei a incorporação a espíritos sem luz. Nunca havia passado pela minha cabeça de que espíritos de luz poderiam querer se comunicar através da incorporação para orientar e direcionar as pessoas.

No início de março de 2009, recebi um telefonema de um grande amigo e xamã chamado César Cruz, ele dizia que havia recebido a orientação de vir passar o seu aniversário conosco, pois eu estaria celebrando um ritual e neste ritual se faria um rito de passagem para ele. Obedecendo a vontade do Universo, ele veio para celebrar conosco no dia 20 de março daquele ano, e consigo trouxe o sacramento da Ayahuasca. Durante a celebração ofereci o chá ao Karyan e ao César, e eu também bebi. Após a celebração, quando todos já haviam retornado para suas casas, começou ao redor da fogueira um novo ritual. O Karyan estava muito estranho e falando coisas que não compreendíamos, custamos a entender o que estava acontecendo: ele estava incorporado e inconsciente. No controle da mente e da vontade dele se apresentava um espírito que dizia se chamar “Urso Três Garras”, tratava-se de um índio que dizia ter vivido em uma outra era, que não era essa era que vivemos. Ele dizia que havia estado na Terra, através de incorporação, pela última vez no ano de 1618. Disse ele que era do tempo dos antigos, dos antigos, dos antigos, dos antigos. Talvez essa tivesse sido a forma de nos mostrar que ele não vivera realmente nesta era.

Através dele experimentamos coisas novas, ele veio para nos dizer sobre o nosso sacerdócio, a cada um de nós de uma forma ímpar. Foi uma experiência incrível, onde pudemos vivenciar momentos de intensa magia, onde o índio fazia com que ficássemos literalmente surdos para não ouvir a orientação particular que ele precisava passar para o outro, onde ele nos ensinou coisas que não cabem neste texto e que em uma outra oportunidade vou expor ao mundo. Essa foi a primeira vez que tivemos contato com “O Índio”.

Desde aquela experiência, O Índio sempre estava por perto. Houve uma mudança impressionante no comportamento e no sacerdócio do Karyan, eu vi nascer um sacerdote. A sabedoria passou a ser sua aliada, e quando eu menos esperava o meu aprendiz estava me ensinando, e isso com certeza era fruto da influência positiva que este espírito de luz estava tendo sobre a existência dele.

Resolvemos instituir um Templo, e demos a ele o nome de “Templo de Adoração à Grande Mãe”. Neste templo tivemos a oportunidade de receber a visita do Índio algumas vezes, e em uma delas ele veio para ME ensinar, mais uma vez. Ele falou sobre as pessoas que estavam ao meu redor, na Tradição, e a necessidade de eu estar ao lado de pessoas fortes. Ele me mostrou o quanto eu estava rodeada de pessoas fracas e que o Universo iria fazer com que essas pessoas se afastassem. Ele foi rude e brigou comigo por eu ainda não ter aprendido a fazer essas escolhas. Neste dia ele demonstrou o seu poder, sua força e sua elevação através de vários fenômenos. Ele me falou que era um enviado do Universo, e que quando nós fossemos para uma nova casa, a Deusa viria também para falar. Naquele momento não consegui compreender bem do que se tratava, e confesso que ainda estava meio receosa quanto a questão da incorporação. Na minha cabeça era forte a idéia de que eu fazia parte de uma religião que não compactuava com incorporações.
No dia 08 de janeiro de 2010 minha mente ficou tomada por uma ordem: “Tome o sacramento da Ayahuasca”. Relutei bastante pois há um ano vinha tomando este sacramento, e minhas experiências com o chá eram edificantes, porém o meu corpo não reagia bem a erva, eu vomitava muito e nesta ocasião eu acabava de sair de uma pequena cirurgia e estava me preparando para outra cirurgia, porém, essa “ordem” não saia da minha mente, eu estava sozinha, pois o Karyan havia saído para pegar a chave da nossa nova casa, e fiquei com medo, mas não podia resistir a “ordem”. Liguei para meu marido avisando que iria tomar o chá, e eu chorava ao telefone pois estava com medo.

Tomei o chá, e durante um período que acredito ser de aproximadamente uma hora, nada aconteceu. Quando menos esperava começaram a vir mensagens na minha mente dizendo que eu seria purificada de todas as minhas mágoas, e em instantes começaram a aparecer na minha mente lembranças de situações que me trouxeram tristeza no decorrer da minha vida, entrei em um processo de catarse profunda e chorei como nunca havia chorado, relembrando momentos de tristezas intensas que vivenciei nesta existência, achei que me perderia nas minhas lembranças e que não sairia mais daquele estado depressivo, eu nem sabia que eu era uma pessoa tão triste. Em dado momento, meu coração foi se aliviando e uma sensação de paz profunda tomou conta do meu corpo, da minha mente e do meu coração. Era como se todo o sofrimento houvesse ido embora, como se eu tivesse chorado todas as minhas tristezas, foi lindo!

Na minha mente começaram a vir frases dizendo que agora eu estava pronta para começar o trabalho necessário para aquele dia. E uma voz feminina dizia: “Hoje eu vim para conversar com você!”

Há 19 anos eu sigo o caminho da Deusa, me tornei uma Sacerdotisa da Antiga Religião através da cura do meu filho, e desde então procuro celebrar os Sabats e Esbats da Antiga Religião, e venho através desse tempo, orientando e ensinando todos aqueles que me procuram a fim de seguir o Caminho Dela. Conheci pessoas que me orientaram durante este tempo, li alguns livro e principalmente ouvi a Deusa falar comigo durante 19 anos através da minha intuição. Nunca gostei de ser chamada de wicca, sempre preferi ser chamada de bruxa, jamais falei que eu era wicca, sempre disse que eu seguia a Antiga Religião, porém eu seguia “os dogmas e rituais” da wicca.

Ao ouvir a voz me dizendo que estava lá para conversar comigo, me assustei, pois ela falava através da minha boca, e eu só conseguia falar através do meu pensamento. Havia sido invertida a posição do contato que sempre foi estabelecido entre eu e a Deusa. Eu não tinha mais controle sobre minhas mãos, sobre minhas palavras, eu só podia falar através da minha mente, e eu queria gritar, fiquei apavorada com isso, e ela movia minhas mãos em gestos que não são usuais meus, dizendo que tinha controle sobre meu corpo e minha mente, e dizia: “Acredite, está acontecendo!” Ela dizia em tom de brincadeira, que eu A havia chamado tanto e agora que Ela estava aqui eu não deveria me assustar.

Esse foi para mim o segundo Chamado da Deusa, Ela estava aqui, em mim, para me contar coisas de extrema importância, Ela veio para me revelar acontecimentos, me mostrar o que esperar do futuro, e o mais importante, Ela veio para me ordenar que tomasse uma posição diante do Universo.

Ela me explicou que somos espíritos caminhantes em evolução, que a Terra é uma esfera de desenvolvimento espiritual, Ela me falou sobre o livre arbítrio, me mostrou os acontecimentos futuros e disse que não temos tempo para convencer ninguém da verdade, mas que um grande cataclisma estaria próximo a acontecer e que devastaria a terra, e que somente através da energia de cura é que poderíamos ser salvos. Ela me dizia: “É minha filha, acredite, você foi escolhida, está acontecendo, aqui começa a preparação para o grande cataclisma do Universo.”

Muita coisa me foi revelada, e no tempo e ocasião certa estarei divulgando. Mas percebi então que eu não tinha mais tempo a perder, o trabalho Dela tinha que ser implementado imediatamente, os curadores precisam ser formados, o Universo não vai esperar. A Deusa me disse que tudo o que eu havia aprendido até aqui, seria a base para o que iria nascer agora, que eu esquecesse religião, pois aqui nascia uma nova religião.

No dia 08 de Março, recebi novamente a ordem de tomar a Ayahuasca, Ela desejava vir falar. Foi reafirmado para mim a necessidade da construção do local para receber os enfermos que precisam ser curados. O Templo que foi fechado no final do ano passado, precisa ser reaberto, não nos moldes que foi anteriormente feito, mas nos moldes que Ela agora determinou. A Deusa me disse que Ela enviaria os curadores, e Ela está enviando.

No dia 20 de Março de 2010, estarei fazendo um rito inicial de desenvolvimento de curadores da nova religião, será um rito como o da antiga dedicação, mas não será realmente nos mesmos moldes, visto que não será necessário o período das sombras, ele já está estabelecido na vida de todos os residentes deste planeta.

Cabe aqui um convite aqueles que possam estar interessados em caminhar junto conosco, mas que esse convite seja aceito somente se você está disposto a se doar, a se sacrificar também em prol da cura pessoal e da cura da humanidade. Precisamos sim de pessoas dispostas a trilhar esse caminho, mas essas pessoas tem que realmente estar dispostas, e não apenas fazer número em uma tradição e vestir um manto e dizer para os amigos que é bruxo. Precisamos daqueles que estejam dispostos a ajudar os outros, a dar o seu suor e sua vida para a Deusa.

Seguindo a ordem do Universo, adquirimos uma nova sede para o Templo, e em Abril estaremos abrindo as portas para o trabalho de cura, orientação e desenvolvimento.

Que a Grande Mãe do Universo e que o Grande Espírito do Universo abram seu entendimento, e se este texto pareceu a você um chamado para a obra Deles, entre em contato conosco.

Com as bênçãos do Casal Sagrado, despeço-me,
Nôra Shannon
Email para contato: norajogando@hotmail.com

O que é Ayahuasca?



Definição:

Ayahuasca, nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi (mariri ou jagube), que serve como IMAO e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona ou rainha) que contém o princípio ativo dimetiltriptamina.

É também conhecida por yagé, caapi, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, vinho da alma, professor dos professores, pequena morte, entre outros. O nome mais conhecido, ayahuasca, significa "liana (cipó) dos espíritos".

Utilizada pelos incas e também por pelo menos setenta e duas tribos indígenas diferentes da Amazônia. É utilizada em paises como Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Brasil.

Seu uso se expandiu pela América do Sul e outras partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos organizados, sendo os mais significativos o Santo Daime, a União do Vegetal, a Barquinha, além de dissidências destas e grupos (núcleos ou igrejas) independentes que o consagram em seus rituais.

Origens:

A utilização de substâncias naturais que potencializam a percepção é uma prática milenar presente em várias culturas. Historicamente sabe-se que o uso de plantas de poder sempre teve a finalidade de alterar a maneira cotidiana de entender as coisas, estabelecendo uma ponte entre os homens e as suas divindades.

Diversos registros confirmam isto. Estudos indicam que os Essênios já utilizavam plantas de poder em rituais de iniciação. Os índios mexicanos e norte-americanos utilizam o cacto Peiote. Há amplos registros de uso de cogumelos pelos povos da América Central. Os registros mais antigos indicam que os Vedas, a 3.100 a.c. já praticavam rituais onde comungavam uma bebida conhecida como “Soma”. Na América do Sul temos o uso da Ayahuasca, proveniente dos Incas.

No Brasil a Ayahuasca vem sendo utilizada há milênios pelos povos indígenas da região amazônica e recentemente pela União do Vegetal e pelo Santo Daime. A proposta básica destes e de diversos outros grupos é atingir o autoconhecimento através de experiências de tipo místico-espiritual, onde por meio de visões e estados de expansão da consciência chega-se a um estado de integração total com o cosmos, com a natureza e com o Criador.


Enteógeno:

A primeira vista este chá normalmente é classificado pela sociedade como ‘droga’ ou ‘alucinógeno’. Isto de forma alguma deve desmerecer a Ayahuasca ou as pessoas que dela fazem uso, melhor seria esclarecermos que de acordo com a nomenclatura científica utilizada no mundo inteiro se denomina ‘droga’ qualquer substância, de origem animal, vegetal ou mineral, que, uma vez introduzida em um organismo vivo, produz alterações de ordem fisiológica, desta forma também podemos classificar como droga o café, o açúcar, o guaraná, o chimarrão, etc. Lembramos também que muitas drogas são usadas para salvar vidas.


Porém, como socialmente se associa a palavra ‘droga’ as substâncias destrutivas e desestruturadoras, que causam dependência física e/ou psíquica, provocando desequilíbrios sociais, convém esclarecer de forma enfática que a Ayahuasca não se enquadra nesta categoria já que o uso dela não desequilibra, não causa dependência, nem destrói, muito pelo contrário, as pessoas que dela fazem uso são pessoas que buscam continuamente melhorar a si mesmas através do autoconhecimento, da evolução espiritual, e pregam a paz mundial, a harmonia entre os povos, o respeito pela natureza, etc., metas essas que só se atinge na plenitude das faculdades físicas e mentais.

Os que classificam a Ayahuasca como ‘alucinógeno’ também cometem impropriedade conceitual, segundo o antropólogo norte-americano Gordon Wasson, em entrevista à revista Globo Ciência. Ele distingue ‘estados alterados de consciência’ ou ‘alucinações’ de ‘estados ampliados de consciência’ – sendo estes alcançados com a ingestão de Ayahuasca em contexto religioso, sob a supervisão de um dirigente responsável. Para alguns pesquisadores, a classificação da Ayahuasca como "alucinógeno" é uma imprecisão, pois a mesma não causa perda do contato com a realidade - como pressupõe o termo - mas sim um grau ampliado de percepção que permite a compreensão daquela realidade com maior clareza ou transcendência.

Nesse sentido, pesquisadores da área de Etnobotânica têm proposto a classificação da Ayahuasca como "Enteógeno", ou seja, substância que "gera uma experiência de contato com o divino", causando uma sensação generalizada de aproximação com o Sagrado e facilitando o autoconhecimento e o aprimoramento do ser humano.

Até o momento, ninguém jamais conseguiu demonstrar qualquer afirmação negativa contra o uso ritualístico da Ayahuasca ou mesmo que contrarie o que sempre afirmamos, que a mesma utilizada em contexto religioso, é benéfica à saúde física e espiritual do ser humano.

Não se conhece um único caso de alguém dependente física ou mentalmente da Ayahuasca. Da mesma forma, não se tem conhecimento de nenhuma pessoa que, utilizando-a em rituais religiosos, sob a orientação de pessoas experientes, tenha sofrido qualquer espécie de dano. O que há habitualmente é justamente o contrário, ou seja, numerosos casos de pessoas que reestruturaram a vida familiar e profissional, a partir do uso em contexto religioso.

FONTE: http://www.universomistico.org

Constituição, Ayahuasca e o Conad: um novo caminho


Constituição, Ayahuasca e o Conad: um novo caminho
por: Jair Araújo Fagundes

1. A Constituição da República Federativa do Brasil, já em seu preâmbulo, reconhece a liberdade como pressuposto de sociedade pluralista, formada de diversas concepções políticas, sociais, religiosas e culturais, retratando o processo de formação histórica do povo brasileiro. Vai além, não só ao assegurar, no rol de direitos fundamentais, a liberdade de crença, opinião e consciência enquanto direitos fundamentais colocados além da disposição do legislador, mas ao ordenar que o Estado Brasileiro garanta, apóie, incentive e proteja as manifestações culturais populares, indígenas e afro-brasileiras enquanto participantes do processo civilizatório nacional (art. 215 e § 1º, CF).

2. Nas disposições constitucionais que reconhecem a participação de diversas culturas e grupos na formação da nação brasileira, e não só na perspectiva dos direitos fundamentais de credo, consciência e opinião, está o fundamento jurídico-constitucional da realização, pelo CONAD – Conselho Nacional Antidrogas, nos dias 8 e 9 de março de 2006, em Rio Branco/AC, do seminário para escolha de 6 representantes de entidades que fazem uso de ayahuasca no meio urbano e que comporão – juntamente com seis renomados especialistas de diversas áreas das ciências (direito, psiquiatria, antropologia, farmacologia/bioquímica, psicologia, sociologia) – grupo multidisciplinar de trabalho destinado a estudar, levantar e acompanhar o uso religioso da ayahuasca e a pesquisa de sua utilização terapêutica.

3. O CONAD é órgão da SENAD – Secretaria Nacional Antidrogas, entes que delineiam a política brasileira referente às drogas, definem o que é substância entorpecente para fins de persecução penal e representam o Brasil junto à comunidade internacional nos foros deliberativos acerca de drogas (prevenção, tráfico, repressão, consumo etc). É destes órgãos a decisão de permitir o uso religioso da substância psicoativa conhecida, genericamente, como ayahuasca (mariri, yagé, caapi, natema, daime, vegetal etc) em rituais religiosos a partir da verificação de que este uso: i) é expressão de religião ancestral, de origem indígena e anterior à formação da cultura ocidental judaico-cristã; ii) não há abuso nem dano à saúde mental e física em decorrência de seu uso religioso; iii) contribui para a afirmação da identidade cultural brasileira e, em especial, da Amazônia.

4. Esta decisão do Governo Brasileiro se constitui, de per si, em vívida afirmação de Soberania e de valorização, reconhecimento e respeito às manifestações culturais de seu povo. Ao mesmo tempo contrariou orientação de agências estatais americanas de combate às drogas que viam e vêem na ayahuasca apenas uma, dentre tantas, das substâncias que a compõe, a DMT, em raciocínio análogo ao de quem condenaria o guaraná (de qualquer marca), refrigerantes tipo cola’s, café ou chá de cidreira apenas ao saber que têm, todos, substâncias psicoativas como um dos seus ingredientes, pouco importando a quantidade ou o efeito concreto.

5. Originalmente ayahuasca, fruto do cozimento de duas plantas (o cipó Bannisteriopsis caapi e a folha Psychotria viridis), nasceu entre os índios, cada grupo indígena, às vezes, cada tribo, elaborando-a de modo diverso, tendo em comum, apenas, seu uso religioso. Do meio indígena decorreu o uso por caboclos, mestiços, curanderos, vegetalistas, como alguns são conhecidos. A partir de 1920, no Acre, com Raimundo Irineu Serra, deu-se início a seu uso urbano, agora com o nome de Daime e com introdução de elementos cristãos e ritual com formato original. Em fins da década de 50 surge uma variante, denominada de Barquinha, criada por Daniel Pereira de Matos. Durante os anos 60, em Rondônia, aparece o Vegetal, tendo como fundador José Gabriel da Costa.

6. Destas três grandes vertentes do uso urbano decorreram, nos últimos 30 anos, diversas outras entidades e usos, com enorme variação de rituais e doutrinas, de modo que a mesma palavra, ayahuasca, daime ou vegetal designa entidades e usos diferentes e, não raro, conflitantes. Um exemplo: Daime designa no Centro-Sul brasileiro, Itália, Espanha, França e Argentina doutrina diferente da criada por quem cunhou este termo na Amazônia e que ainda é mantida, o que, a despeito de não caracterizar um ilícito de qualquer ordem, induz a considerar igual fenômenos culturais que em verdade são diferentes, gerando confusão na mídia, na opinião pública e mesmo junto ao Poder Público ao atribuir predicados, virtudes ou deformações que são próprios e exclusivos de dado grupo e não de outros: há quem use Daime associado a cannabis sativa (maconha), há quem usa só Daime com efeitos e doutrinas diferentes; uns comercializam ayahuasca ou as plantas de que é composta, outros repugnam tal comércio. Estas diferenças, de enorme relevo, merecem, por isto mesmo, individualização. Assim como dizer-se cristão pouco diz da religião de alguém, impondo-se que se esclareça se católico, evangélico, pentecostal, presbiteriano, espírita, batista etc, ayahuasca também carece de complementação quanto a que uso e prática nos reportamos quando invocamos este termo.

7. O CONAD não escolheu os representantes das entidades que fazem uso da ayahuasca: preferiu que as entidades, reunidas, escolhessem. É possível discutir-se esse método de seleção, mas não se tem como negar a legitimidade democrática e cidadã que advém desta escolha, afastando critérios que poderiam ser tachados de arbitrários. Com o objetivo de que os escolhidos espelhassem, o máximo possível, os diversos usos e práticas da ayahuasca no Brasil, o CONAD dividiu os diversos segmentos que usam ayahuasca em grupos para que indicassem, cada segmento ou grupo, representante das entidades que: a) crêem preservar a Doutrina de Raimundo Irineu Serra; b) professam a Doutrina de Daniel Pereira de Matos (Barquinha); c) cultivam os ensinamentos deixados por José Gabriel da Costa (Vegetal); d) mantêm a doutrina deixada por Sebastião Mota, além de dois representantes de outros usos de ayahuasca diversos daqueles, num total de 6.

8. A distinção feita pelo CONAD, sem prejuízo de outros critérios que poderiam ser utilizados: i) espelhou critério histórico e alinhou por fundador, tanto quanto possível, os diversos segmentos e doutrinas; ii) colaborou para melhor esclarecimento do assunto junto à opinião pública, mídia e governo – que passarão a ter um mínimo de referência na identificação de grupos e práticas diferentes entre si e que, a despeito de suas diferenças abissais, eram considerados iguais e; iii) contribuiu para o processo de maturação, autodescobrimento, fortalecimento e afirmação da identidade de cada grupo. Talvez esse seja o efeito mais positivo daquela classificação: estimulou a assunção, por cada segmento, de sua história, características, ritual e doutrina.

9. O Estado Brasileiro deu notável demonstração de soberania e respeito à sua história e a seu povo ao reconhecer manifestação cultural própria e autêntica, provinda de quem contribuiu para construção da identidade nacional, os índios. Nas palavras do Presidente do CONAD, Gen. Paulo Roberto Y. Uchoa: “não se discte a autorização para o uso ritual da ayahuasca no Brasil. Isto já é pacífico há muito” (grifei). Ocorre que ayahuasca, com sua expansão no meio urbano a partir de 1980, tomou novas conformações, diferente de suas origens, de modo que há, na atualidade, a) uso não-ritual (a título de experiências terapêuticas que desafiam o código de ética médica, terapias alternativas, uso recreativo); b) intenso e lucrativo comércio (com ofertas na internet, jornais; em algumas cidades já há até disk daime), c) turismo (eufemisticamente denominado de religioso); d) introdução, por alguns e bem definidos grupos, de cannabis sativa e outros psicoativos associados a ayahuasca, os quais abrem a discussão acerca do caráter ilícito, sob a ótica penal, desta associação. As nuances que a ayahuasca assumiu na atualidade exigem estudo, levantamento, reflexão madura e serena e decisão por parte dos envolvidos e do Estado.

10. Há quem veja na postura do CONAD tanto i) tentativa de restrição do direito à liberdade religiosa sob o manto da regulamentação, quanto ii) liberalidade incompatível com o combate às drogas. São posições extremas. Não há o mínimo indício de que o Estado queira discriminar, sob o pálio da normatização ou estudo, dada religião. Mais parece buscar identificar e garantir o que é o exercício de religiosidade ancestral e verdadeira e separá-la do consumo recreacional, comercial, nocivo ou irresponsável de qualquer substância psicoativa. A tarefa, conquanto difícil, insinua-se necessária e não é pioneira: nos Estados Unidos, na esteira da autorização para uso ritual do psicoativo peyote pelos nativos, surgiram questões relativas à legitimidade do uso da maconha por grupos que afirmavam praticar religião, tendo a Administração e o Judiciário estadunidenses negado tal reconhecimento, distinguindo ou buscando distinguir o que é i) prática religiosa, ali denominada de sincera [no sentido de que expressaria religiosidade nativa, própria, milenar], ii) de estilo ou filosofia de vida que faz uso de [qualquer] psicotrópico, garantindo àquela seu livre exercício.

11. É certo que: i) em se tratando de religião, prática cultural, tema onde não há definições prévias nem estanques e o que é ritual ou sagrado para um não é para outro, com enorme possibilidade de preconceitos e; ii) diante dos inúmeros exemplos que a história oferece de intolerância e perseguição, tanto por parte do Estado quanto por parte de outro segmento religioso, não raro oculta – a intolerância – sob o argumento de defesa da saúde pública, do interesse coletivo, da moral ou bons costumes e sob os auspícios da ciência, merece redobrada cautela e reflexão estudos e decisões relativos ao tema.

12. Entretanto, repise-se, o Estado Brasileiro, por seus órgãos, tem demonstrado cuidado e responsabilidade no trato da questão, evidenciando que se preocupa, simultaneamente, em garantir prática religiosa ancestral com, no mínimo, três mil anos de existência, em rigoroso respeito à liberdade religiosa, como, também, tem mostrado que quer evitar, como lhe cabe, o uso irresponsável e nocivo de qualquer psicotrópico, quer em cumprimento à Constituição Federal, quer em cumprimento aos tratados internacionais de que é signatário como membro da comunidade das nações.

13. Ao abandonar, como fez há muito, o mero exame objetivo como critério para classificação de substância psicoativa e buscar decidir com fundamento em estudos antropológicos, sociológicos e psico-neurológicos, além de jurídicos e bioquímicos, o Estado Brasileiro age buscando uma visão global e multifacetária do fenômeno, o que lhe permite decidir se dado uso de um psicoativo, além de ser expressão de religiosidade, é inofensivo ao homem, possibilitando ainda que reconheça (o que sempre é difícil) o outro, o diferente, aquele que tem prática cultural, religião, cor, língua diversa da predominante. E este é um bom caminho.Constituição, Ayahuasca e o Conad: um novo caminho

1. A Constituição da República Federativa do Brasil, já em seu preâmbulo, reconhece a liberdade como pressuposto de sociedade pluralista, formada de diversas concepções políticas, sociais, religiosas e culturais, retratando o processo de formação histórica do povo brasileiro. Vai além, não só ao assegurar, no rol de direitos fundamentais, a liberdade de crença, opinião e consciência enquanto direitos fundamentais colocados além da disposição do legislador, mas ao ordenar que o Estado Brasileiro garanta, apóie, incentive e proteja as manifestações culturais populares, indígenas e afro-brasileiras enquanto participantes do processo civilizatório nacional (art. 215 e § 1º, CF).

2. Nas disposições constitucionais que reconhecem a participação de diversas culturas e grupos na formação da nação brasileira, e não só na perspectiva dos direitos fundamentais de credo, consciência e opinião, está o fundamento jurídico-constitucional da realização, pelo CONAD – Conselho Nacional Antidrogas, nos dias 8 e 9 de março de 2006, em Rio Branco/AC, do seminário para escolha de 6 representantes de entidades que fazem uso de ayahuasca no meio urbano e que comporão – juntamente com seis renomados especialistas de diversas áreas das ciências (direito, psiquiatria, antropologia, farmacologia/bioquímica, psicologia, sociologia) – grupo multidisciplinar de trabalho destinado a estudar, levantar e acompanhar o uso religioso da ayahuasca e a pesquisa de sua utilização terapêutica.

3. O CONAD é órgão da SENAD – Secretaria Nacional Antidrogas, entes que delineiam a política brasileira referente às drogas, definem o que é substância entorpecente para fins de persecução penal e representam o Brasil junto à comunidade internacional nos foros deliberativos acerca de drogas (prevenção, tráfico, repressão, consumo etc). É destes órgãos a decisão de permitir o uso religioso da substância psicoativa conhecida, genericamente, como ayahuasca (mariri, yagé, caapi, natema, daime, vegetal etc) em rituais religiosos a partir da verificação de que este uso: i) é expressão de religião ancestral, de origem indígena e anterior à formação da cultura ocidental judaico-cristã; ii) não há abuso nem dano à saúde mental e física em decorrência de seu uso religioso; iii) contribui para a afirmação da identidade cultural brasileira e, em especial, da Amazônia.

4. Esta decisão do Governo Brasileiro se constitui, de per si, em vívida afirmação de Soberania e de valorização, reconhecimento e respeito às manifestações culturais de seu povo. Ao mesmo tempo contrariou orientação de agências estatais americanas de combate às drogas que viam e vêem na ayahuasca apenas uma, dentre tantas, das substâncias que a compõe, a DMT, em raciocínio análogo ao de quem condenaria o guaraná (de qualquer marca), refrigerantes tipo cola’s, café ou chá de cidreira apenas ao saber que têm, todos, substâncias psicoativas como um dos seus ingredientes, pouco importando a quantidade ou o efeito concreto.

5. Originalmente ayahuasca, fruto do cozimento de duas plantas (o cipó Bannisteriopsis caapi e a folha Psychotria viridis), nasceu entre os índios, cada grupo indígena, às vezes, cada tribo, elaborando-a de modo diverso, tendo em comum, apenas, seu uso religioso. Do meio indígena decorreu o uso por caboclos, mestiços, curanderos, vegetalistas, como alguns são conhecidos. A partir de 1920, no Acre, com Raimundo Irineu Serra, deu-se início a seu uso urbano, agora com o nome de Daime e com introdução de elementos cristãos e ritual com formato original. Em fins da década de 50 surge uma variante, denominada de Barquinha, criada por Daniel Pereira de Matos. Durante os anos 60, em Rondônia, aparece o Vegetal, tendo como fundador José Gabriel da Costa.

6. Destas três grandes vertentes do uso urbano decorreram, nos últimos 30 anos, diversas outras entidades e usos, com enorme variação de rituais e doutrinas, de modo que a mesma palavra, ayahuasca, daime ou vegetal designa entidades e usos diferentes e, não raro, conflitantes. Um exemplo: Daime designa no Centro-Sul brasileiro, Itália, Espanha, França e Argentina doutrina diferente da criada por quem cunhou este termo na Amazônia e que ainda é mantida, o que, a despeito de não caracterizar um ilícito de qualquer ordem, induz a considerar igual fenômenos culturais que em verdade são diferentes, gerando confusão na mídia, na opinião pública e mesmo junto ao Poder Público ao atribuir predicados, virtudes ou deformações que são próprios e exclusivos de dado grupo e não de outros: há quem use Daime associado a cannabis sativa (maconha), há quem usa só Daime com efeitos e doutrinas diferentes; uns comercializam ayahuasca ou as plantas de que é composta, outros repugnam tal comércio. Estas diferenças, de enorme relevo, merecem, por isto mesmo, individualização. Assim como dizer-se cristão pouco diz da religião de alguém, impondo-se que se esclareça se católico, evangélico, pentecostal, presbiteriano, espírita, batista etc, ayahuasca também carece de complementação quanto a que uso e prática nos reportamos quando invocamos este termo.

7. O CONAD não escolheu os representantes das entidades que fazem uso da ayahuasca: preferiu que as entidades, reunidas, escolhessem. É possível discutir-se esse método de seleção, mas não se tem como negar a legitimidade democrática e cidadã que advém desta escolha, afastando critérios que poderiam ser tachados de arbitrários. Com o objetivo de que os escolhidos espelhassem, o máximo possível, os diversos usos e práticas da ayahuasca no Brasil, o CONAD dividiu os diversos segmentos que usam ayahuasca em grupos para que indicassem, cada segmento ou grupo, representante das entidades que: a) crêem preservar a Doutrina de Raimundo Irineu Serra; b) professam a Doutrina de Daniel Pereira de Matos (Barquinha); c) cultivam os ensinamentos deixados por José Gabriel da Costa (Vegetal); d) mantêm a doutrina deixada por Sebastião Mota, além de dois representantes de outros usos de ayahuasca diversos daqueles, num total de 6.

8. A distinção feita pelo CONAD, sem prejuízo de outros critérios que poderiam ser utilizados: i) espelhou critério histórico e alinhou por fundador, tanto quanto possível, os diversos segmentos e doutrinas; ii) colaborou para melhor esclarecimento do assunto junto à opinião pública, mídia e governo – que passarão a ter um mínimo de referência na identificação de grupos e práticas diferentes entre si e que, a despeito de suas diferenças abissais, eram considerados iguais e; iii) contribuiu para o processo de maturação, autodescobrimento, fortalecimento e afirmação da identidade de cada grupo. Talvez esse seja o efeito mais positivo daquela classificação: estimulou a assunção, por cada segmento, de sua história, características, ritual e doutrina.

9. O Estado Brasileiro deu notável demonstração de soberania e respeito à sua história e a seu povo ao reconhecer manifestação cultural própria e autêntica, provinda de quem contribuiu para construção da identidade nacional, os índios. Nas palavras do Presidente do CONAD, Gen. Paulo Roberto Y. Uchoa: “não se discte a autorização para o uso ritual da ayahuasca no Brasil. Isto já é pacífico há muito” (grifei). Ocorre que ayahuasca, com sua expansão no meio urbano a partir de 1980, tomou novas conformações, diferente de suas origens, de modo que há, na atualidade, a) uso não-ritual (a título de experiências terapêuticas que desafiam o código de ética médica, terapias alternativas, uso recreativo); b) intenso e lucrativo comércio (com ofertas na internet, jornais; em algumas cidades já há até disk daime), c) turismo (eufemisticamente denominado de religioso); d) introdução, por alguns e bem definidos grupos, de cannabis sativa e outros psicoativos associados a ayahuasca, os quais abrem a discussão acerca do caráter ilícito, sob a ótica penal, desta associação. As nuances que a ayahuasca assumiu na atualidade exigem estudo, levantamento, reflexão madura e serena e decisão por parte dos envolvidos e do Estado.

10. Há quem veja na postura do CONAD tanto i) tentativa de restrição do direito à liberdade religiosa sob o manto da regulamentação, quanto ii) liberalidade incompatível com o combate às drogas. São posições extremas. Não há o mínimo indício de que o Estado queira discriminar, sob o pálio da normatização ou estudo, dada religião. Mais parece buscar identificar e garantir o que é o exercício de religiosidade ancestral e verdadeira e separá-la do consumo recreacional, comercial, nocivo ou irresponsável de qualquer substância psicoativa. A tarefa, conquanto difícil, insinua-se necessária e não é pioneira: nos Estados Unidos, na esteira da autorização para uso ritual do psicoativo peyote pelos nativos, surgiram questões relativas à legitimidade do uso da maconha por grupos que afirmavam praticar religião, tendo a Administração e o Judiciário estadunidenses negado tal reconhecimento, distinguindo ou buscando distinguir o que é i) prática religiosa, ali denominada de sincera [no sentido de que expressaria religiosidade nativa, própria, milenar], ii) de estilo ou filosofia de vida que faz uso de [qualquer] psicotrópico, garantindo àquela seu livre exercício.

11. É certo que: i) em se tratando de religião, prática cultural, tema onde não há definições prévias nem estanques e o que é ritual ou sagrado para um não é para outro, com enorme possibilidade de preconceitos e; ii) diante dos inúmeros exemplos que a história oferece de intolerância e perseguição, tanto por parte do Estado quanto por parte de outro segmento religioso, não raro oculta – a intolerância – sob o argumento de defesa da saúde pública, do interesse coletivo, da moral ou bons costumes e sob os auspícios da ciência, merece redobrada cautela e reflexão estudos e decisões relativos ao tema.

12. Entretanto, repise-se, o Estado Brasileiro, por seus órgãos, tem demonstrado cuidado e responsabilidade no trato da questão, evidenciando que se preocupa, simultaneamente, em garantir prática religiosa ancestral com, no mínimo, três mil anos de existência, em rigoroso respeito à liberdade religiosa, como, também, tem mostrado que quer evitar, como lhe cabe, o uso irresponsável e nocivo de qualquer psicotrópico, quer em cumprimento à Constituição Federal, quer em cumprimento aos tratados internacionais de que é signatário como membro da comunidade das nações.

13. Ao abandonar, como fez há muito, o mero exame objetivo como critério para classificação de substância psicoativa e buscar decidir com fundamento em estudos antropológicos, sociológicos e psico-neurológicos, além de jurídicos e bioquímicos, o Estado Brasileiro age buscando uma visão global e multifacetária do fenômeno, o que lhe permite decidir se dado uso de um psicoativo, além de ser expressão de religiosidade, é inofensivo ao homem, possibilitando ainda que reconheça (o que sempre é difícil) o outro, o diferente, aquele que tem prática cultural, religião, cor, língua diversa da predominante. E este é um bom caminho.

Jair Araújo Fagundes
Integrante eleito do grupo de estudo multidisciplinar do CONAD. Juiz Federal.

fonte:
http://www2.uol.com.br/pagina20/16052006/opiniao1.htm

segunda-feira, 8 de março de 2010

Fotos do Tributo a Lilith em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher




Havíamos programado fazer um Tributo a Lilith na Floresta da Tijuca, porém no dia anterior ao evento ocorreu uma forte chuva no Rio de Janeiro e resolvi cancelar o evento. Como o tempo no dia que estava marcado para o evento ficou firme, resolvemos ir até a Floresta para caso algum desavisado chegasse por lá. No final das contas acabamos celebrando a Deusa.

Fotos do Tributo a Lilith em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher





Fotos do Ritual de Lammas - 2010




Essas são fotos do altar da nossa celebração do Sabat de Lammas de 2010. Fui eu quem fez o pão. Não ficou lindo?

O Pão no nosso Sabat simboliza o corpo do Deus, que nesta ocasião é denominado: "O Senhor do Sacrifício", pois ele se sacrifica por nós para que possamos renascer nesta vida.

Isso te soa familiar?

Abençoado seja o Senhor do Sacrifício!